Aluna: Thaís Araújo Santos
Matrícula: 09/0014308
Fichamento 1
referente ao texto:
Aprendizagem
continuada ao longo da vida o exemplo da terceira idade
José Armando
Valente
O autor,
José Armando Valente, escritor do texto “Aprendizagem continuada ao longo da
vida o exemplo da terceira idade”, é
professor do Departamento de Multimeios e coordenador do Nied, UNICAMP e também
professor de Pós Graduação em Educação (Currículo da PUC-SP).
Ele inicia
o texto dizendo que é importante entender a aprendizagem como uma atividade
contínua estendendo-se ao longo da vida,
ou seja, estamos sempre em constante aprendizado. Aprendemos a cada dia que
passa, independente da idade. Nem sempre o processo de aprendizado como
construção de conhecimento se dá de forma prazerosa, por isso as instituições
educacionais devem alterar seus métodos e abordagens pedagógicas para que isso
se torne efetivo, sugere o professor.
A
aprendizagem continuada apresenta-se como uma condição necessária para manter a
posição de trabalho que as pessoas ocupam, pois para que elas continuem em
qualquer tipo de emprego, precisam estar acompanhando a evolução do mundo
aprimorando-se para manterem-se atualizadas. Em relação a terceira idade, as
atividades educacionais indicam que todas as características prazerosas da
aprendizagem que esta está descobrindo e vivenciando, devem estar presentes em
outros períodos da nossa vida educacional, principalmente escolar e
profissional. Por isso, a proposta do texto “é que a aprendizagem que acontece
no período escolar e na vida profissional não deve ser diferente da que se dá
na infância e da que está ocorrendo nas experiências com a terceira idade.”.
Falando um
pouco sobre o significado de ensinar e aprender, encontramos no texto que ensinar
significa “pôr signo”, “colocar signo” e aprender significa “apreender”,
“compreender”, assim dependendo do que se entende por “ensinar” pode-se ter o
“apreender” com o sentido de “reter”, “memorizar” ou de “compreender”. Na
escola, aprender significa memorizar a informação que foi transmitida. Com isso
encontramos facilmente alunos desmotivados para aprender e sem ânimo para ir à
escola, devido ao fato das matérias muitas vezes serem passadas pelos
professores e forma maçante e mecânica acabando assim, desestimulando os alunos.
Aprender tem que se dá de forma prazerosa, o
aprendiz deve ser capaz de utilizar sua experiência de vida e
conhecimentos já adquiridos na atribuição de novos significados e na
transformação da informação obtida, convertendo-a em conhecimento, pois o
conhecimento construído é o produto do processamento, da interpretação, da
compreensão da informação.
O autor diz
que “as teorias sociointeracionistas, explicam que, durante a infância, a
aprendizagem se dá como fruto a interação do aprendiz com o mundo dos objetos e
das pessoas (Freire, 1970; Piaget, 1976; Vygotsky,1991; Wallon, 1989)” e que
“Os estudos de Piaget permitem entender também que todas as pessoas têm a
capacidade de transmitir cultura e valores que a sociedade tem acumulado”, ou
seja, “aprendemos e ensinamos porque temos que resolver problemas reais e
interagir com pessoas e objetos do nosso dia-a-dia. Além disso, essa
experiência de aprender e ensinar é prazerosa e não nos damos conta de que
estamos aprendendo ou ensinando. Nessas situações, temos a oportunidade de
vivenciar uma “experiência ótima”, alcançando sentimentos de excitação e de
divertimento relembrados como bons momentos da vida.”
“Na
terceira idade, há uma predisposição para a aprendizagem e esta acontece de
modo muito semelhante à aprendizagem do período infantil. É uma aprendizagem
construída e não simplesmente memorizada”, comenta o autor. A crescente demanda
por educação para a terceira idade, cria um mercado que está sendo explorado
pelas instituições educacionais com sucesso. Elas criam uma estrutura física e
administrativa própria, com aulas e assuntos curriculares diferenciados e com
uma metodologia diferente da que é empregada em um curso tradicional. A ênfase
não é a transmissão de informação, mas a discussão em grupo. É cultivada a
heterogeneidade de ideias e experiências ao invés da uniformização da formação,
testes e provas são abolidos e a certificação é a última coisa que importa
nesta experiência. Com isso, origina-se nos aulos da terceira idade uma
sensação de que são capazes de produzir
algo considerado impossível e de conseguir um produto que eles não só
construíram, mas compreenderam como foi realizado.
Em se
tratando da aprendizagem na escola e na vida profissional, embora o indivíduo
possa aprender muito interagindo com os objetos e com as pessoas, a
complexidade do mundo acaba demandando que ele procure ajuda para formalizar
aquilo que faz intuitivamente. A escola tem essa função. No entanto, grande
parte do encantamento de aprender sem ser formalmente ensina desaparece.
Durante a educação escolar, a predisposição de caçador-ativo de informação é
gradativamente oprimida e os estudantes não aprendem mais interagindo com o
meio que os cerca e sim, sendo formalmente ensinados. As pessoas deveriam
aprender a buscar a informação, aprender como usá-la e, assim, apropriarem-se
dessa experiência, convertendo-a em algo pessoal. Isso acontece porque algumas
pessoas entendem que para aprender é necessário que alguém dê aulas formais,
muito estudo e avaliação por meio de provas.
Por fim,
concluo dizendo que é importante que o aprendizado seja dado de forma
prazerosa, pois assim as pessoas aprendem com vontade e satisfação, sem aquele
sentimento de cansaço e desgaste. Na infância, quando entramos na escola,
aprendemos as coisas para a vida social de forma lúdica e isso deveria se estender para todas
as fases da vida.
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